Câmera Lata . Fotoantropologia na construçao de cidadania

OFICINAS DE FOTOGRAFIA ARTESANAL PARA JOVENS ESTUDANTES

entre em contato e saiba como ter uma oficina em sua instituição.

Olhar a cidade/ bairro com outros olhos. Esta é a proposta da nossa experiência educacional com a linguagem da fotografia. Uma das mais bem sucedidas dentre os experimentos educacionais, a proposta, envolve adolescente e demanda recursos mínimos: caixas de leite em pó, criatividade para buscar ângulos e sentidos novos para a paisagem cotidiana. As ações educativas são coordenadas por uma antropóloga (Universidade Federal da Bahia) e por dois fotógrafos (Casa da Photographia), responsáveis pela construção do conhecimento sócio-histórico e dos conhecimentos básicos sobre a fotografia.

A possibilidade de captar o olhar do cidadão comum revelando sua expressão artística é o grande motivo e incentivo para a montagem do projeto. A aliança foto artesanal Pinholee antropologia oferecem interessantes temas para discussão, e promovem uma reflexão rica – histórico-social-visual – que possivelmente alguns destes jovens não têm acesso no meio em que vivem. Aprender sobre a arte de confecção, registros e revelação da fotografia, conjuntamente com relatos históricos sócio-cultural da comunidade em que vivem, faz-se ressaltar sentimentos e percepções e induzem a curiosidade, a um interesse mais profundo pela vida e à abertura de novos horizontes. Os jovens aprendizes são estimulados não somente a discutir questões relacionadas a busca de conhecimentos mais profundos sobre a comunidade em que convivem, mas são estimulados  a ampliar seus  horizontes através da leituras, músicas, arte, etc.

Parcerias

l  Fundação Pierre Verger 2004-2005;

l  Caixa Cultural Salvador – 2005.

l  SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE VITÓRIA DA CONQUISTA

Novas Parcerias

l  Mobilizadores/as Culturais pela Promoção da Equidade Racial CEAFRO/CEAO/SEMUR

l  Projeto Viva Nordeste * REALIZADO

l  Colégio da Policia Militar de Salvador/Dendezeiros * REALIZADO

l  Fundação Gregório de Mattos (em negociação)

Número de Jovens Participantes 2004 -2005

Instituição Parceira Número de Participantes
Fundação Pierre Verger 40
Total 40 participantes

Número de Jovens Participantes 2006

Instituição Parceira Número de Participantes
Projeto Mobilizadores/as Culturais 100
Sec. de Educ. de Vitória da Conquista 40
Projeto Viva Nordeste 40
Colégio da Policia Militar de Salvador 20
Total 200 participantes

Depoimentos dos /das Participantes

“Eu nasci! Eu cresci! E sei que um dia talvez eu possa (como um médico ajudar a nascer um fotografo)… Trazer um novo fotografo… Que eu possa crescer e me desenvolver como fotografo todo dia, analisando cada paisagem e não só guardá-la na mente, mas, em um papel especial chamado Fotos, que é uma junção de papel+paisagem+química+àgua+fixador+àgua+tempo para secar. Assim, nasce uma FOTO!”.

André Luiz – Um Olhar sobre a Vila América 2004

“As aulas foram ótimas. Foi melhor quando a gente começou a fazer a máquina e o visor. Apesar de está errando e fazendo outra vez, mas em compensação eu adquiri mais conhecimento sobre a máquina e o visor. Quando a gente começou a sair para tirar a foto

foi uma experiência muito boa, foi a melhor coisa e com certeza fiquei muito alegre com as fotos não digo todas, mas, a maioria foi ótima. Muito, muito bom. Bom não, maravilhoso!”.

Equiner – Um Olhar sobre a Vila América

“A fotografia para mim foi um grande desenvolvimento. Eu aprendi que uma latinha de leite é tão importante. E isto é muito interessante! e a revelação com o papel fotográfico foi um grande descobrimento… Quando eu falava para as  pessoas elas perguntavam: Com a lata?  como é? E eu respondia: é uma pequena latinha e elas falavam que queriam ver a foto e eu Ok mostrava e elas ficavam olhando tinha algumas que não acreditavam…

A oficina é muito importante… Eu tirei muitas fotos e gostei mais da parte que tinha que revelar.  Vale sempre participar “.

Érica – Um Olhar sobre a Vila América

“Eu não sabia que uma lata de leite Ninho tiraria foto!”.

Krishna – Um Olhar sobre a Vila América

CULTURA DO GUETO  –  “Vivemos em uma sociedade de difícil desenvolvimento social e econômico, uma sociedade racista e desigual. Podemos perceber que o cotidiano das pessoas que vivem nas favelas é uma luta diária, mas nem por isso significa dizer que não há beleza neste lugar. Esta paisagem também merece está nos cartões postais de Salvador. “

Renildo E. Nascimento – Mobilizadores/as Culturais -2006

“Prender um varal, hastear uma bandeira… que diferença faz mesmo?”.

Suas cores querem sempre nos passar alguma coisa, transmitir informações, mesmo que estas não fiquem tão claras. Não importa muita a forma que está disposta nas janelas, nas varandas, nos muros de uma escola; importa mesmo os tons que dão a vida, despertam interesses ou simplesmente prendem a atenção de um viajante olhar…”“.

Jeane S. de Carvalho – Mobilizadores/as Culturais -2006

FACES x VERDADE – O RETRATO DA CIDADE – Essas fotos retratam de forma simples e com muita variação de cores e características os bairros do subúrbio e periferias de Salvador. São nesses bairros que encontramos a verdadeira face de Salvador, as formas de sobrevivência e vida das pessoas que aqui habitam. A realidade é que nesses bairros a beleza não esta nas praças, nas revitalizações das ruas, das casas…Até porque isso é o que precisamos, mas não temos acesso. A beleza desses bairros está nas cores mostrada através de seus produtos comerciais, em seus varais de roupas estendidas na frente das casas, esta na expressão de felicidade impressa em seus rostos, com a certeza de que tudo que possui é fruto do seu trabalho.

Jonatas dos Santos – Mobilizadores/as Culturais -2006

EXTRAVAGANCIA E LUXO – Através da sua obra o fotografo tenta juntar os elementos etorná-lo interessantes ao publico. Meu objetivo foi trazer tal cor natural como tema, entre muitos temas extravagantes. Por meio desta quero mostrar detalhes ricos em cor ou pobre, essencial para sua importância aos olhares refinados de um publico.

Dandara Nascimento – Mobilizadores/as Culturais -2006


[1] A Fotografia pinhole (do inglês “buraco de alfinete”), ou foto artesanal com câmera de orifício é realizada por uma caixa/câmara feita dos mais variados materiais, como caixas de sapato, latas, conchas marinhas, etc. que consiste de duas extremidades.  De um lado um pequeno orifício para substituir a lente e, do outro, um filme ou papel fotográfico para registrar a imagem.

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